4 de nov. de 2011

Ai Meu Deus... A unha do meu filho encravou!

Foto para o blog Mães Pé Vermelho


Essa semana uma amiga que acabou de ser mãe me gritou: "Má, o nenê está com a unha encravada! O que faço?! Me ajudaaaaaaaa!!!!" Em um momento de desespero. Em primeiro lugar, quando uma mãe está desesperada o que se tem que fazer é acalmá-la primeiro de tudo. PONTO. Calma, a mãe consegue reagir a tudo que seu amadinho tem com mais segurança. Perguntei para ela se era a unha do é ou da mão que estava encravada, ela me disse que era da mão. Com a minha segurança, eu disse que era normal pq, como eles se mexem demais qdo estamos cortando a unha, as vezes...as vezes não, quase sempre, a gente corta a unha toda torta, e quando cresce, cresce errado  e acaba encravando. Aconteceu com a Maria, só que com a unha do pé. Então falei para ela o que eu fiz: aparei todas as unhas, inclusive a encravada, e deixei, simplesmente deixei, os bebês tem um poder de cura muito alto, então quando isso acontece é só deixar, geralmente sara em 1 semana, mas se persistir, deve-se consultar o pediatra para ver o que pode fazer :-)

É isso, CALMA é fundamental para tudo na maternidade e na vida!



Até a prox!
Bjinhos

3 de nov. de 2011

Familia

Sabe, sempre foi muito difícil entender o conceito de familia até eu ter uma! Sempre tive pais ausentes, me deram ótima educação, me deram tudo do bom e do melhor, mas faltaram comigo em atenção, confiança e o principal: amor. Meu mártir durante mais de 20 anos foi o peso da mágoa que sentia por causa disso. Minha mãe me teve solteira, meu pai fugiu quando descobriu que minha mãe estava grávida de mim. Eu conheci meu pai biológico, mas devido ao acontecido fui crescendo e entendi que não tenho nada a ver com ele, nunca me procurou e eu tbm nunca liguei. Cresci ouvindo: " Te carreguei por 9, NOVE, N O V E meses, para vc me agradecer assim?", "Vc sabe o que passei por sua causa? Passei por discriminação aos vinte e tantos anos por SUA causa e é assim que vc me agradece?", " Te criei sozinha", "Tive a oportunidade de te abortar, mas não fiz, tive a oportunidade de te abandonar, mas não fiz...mesmo se tivesse feito, vc JAMAIS, J A M A I S poderia fazer comigo o que vc faz.". Gente eu era uma criança. Tudo o que eu fazia era errado, nada era ou estava certo. Cresci achando que eu era culpada pela discriminação que minha mãe passou, pelo peso que fui na vida da minha mãe, pela tristeza que ela passou, sempre achei que foi por MINHA causa.. Aí ela casou com meu padastro, que mais tarde fui obrigada (pelos 2) a chamar de pai, e então ela teve meu irmão, hoje com 18 anos, e foi aí que comecei a perceber a diferença com que me tratavam. A educação era na base da porrada e não palmadinhas como dizem hoje, sim na base da PORRADA... meu irmão apanhou tanto com 2 anos por colocar um pano de prato na frente da cintura e rebolar. Eu apanhei na cara com 10 anos por ganhar dinheiro do meu avô e ir na papelaria sem avisar e comprar um monte de coisas, acharam que roubei...pronto...estava anunciado o meu desvio.. Mas sempre fui muito justa comigo mesma e sempre quis que aquilo acabasse. E acabou, aos 21 anos, como não tinha mais vontade de olhar para a cara deles eu nem ficava em casa, aquilo era uma coisa do outro mundo para eles e eles me expulsaram da casa onde fui criada, onde vi meus irmãos crescerem, onde eu achava que era o meu lar. Ali eles me expulsaram para sempre da vida deles...casei, sem avisar, com o Ro...avisei depois que casei e qdo avisei que tinha casado aproveitei para falar que em menos de 1 mes estaria morando em Londrina e que iria embora de SP. Eu morava na minha avó, que foi a minha verdadeira mãe, me ajudou quando mais precisei em todos os momentos. Como sempre fui tratada com muita indiferença.
Vim para Londrina com a missão de reconquistá-los, (sim eu ainda achava que era culpada por ter sido expulsa, por ter ouvido tudo que ouvi...) Nunca consegui..
Aí engravidei, da Mariazinha, achei que qdo ela nascesse eles viriam conhecer a minha casa e a neta...(pq moro há 3 anos aqui em Londrina e nunca, NUNCA vieram aqui e pelo jeito nunca virão. Porque agora quem não quer eles aqui sou eu. Fui para SP para levar a neta para eles conhecerem, para meus irmãos conhecerem, para eu ver minha irmã que está se curando de um câncer. Mais uma vez, só fui criticada: "Por que vc poe a roupa dessa menina na máquina para lavar? Olha, tudo desbeiçado? Ai essa menina tá com frio, essa menina tá com calor.." e blá blá blá... Mas o que me fez acordar de verdade para a vida e ver que eu sempre fui uma IDIOTA foi quando uma tia perguntou para a minha mãe se eles (meu pai e minha mãe) estavam curtindo a ida da neta para SP e ela respondeu com essas palavras: " Sim, mas a gente não se envolve muito porque depois vai embora e a gente sofre." Mexeu com minha filha mexeu comigo...
Voltei para SP decidida..vou tratar como eles me trataram e me tratam... Vou confessar que eu sofri no começo mas hoje sou muito mais feliz. A minha filha me fez ser uma pessoa melhor e me desligar de algo que me fazia muito mas muito mal e que poderia enfim refletir nela um dia.
Não importa qtos filhos terei, TODOS eles terão atenção, carinho, amor, apertos, beijos, vários "eu te amo", pq não quero que eles sofram como eu sofri.
Nós podemos ser bem melhor do que esperam da gente! E eu jamais baterei na minha filha, isso não leva ninguem a nada. Quero ser educadora, amiga mas principalmente MÃE da minha filha, e vou sanar toda a vontade de ter uma mãe, sendo mãe da Maria Eduarda, assim serei muito mais feliz e jamais sofrerei por isso.

é um desabafo, é uma historia real... Dialogue com seus filhos...seja paciente e calma...isso pode refletir no futuro deles como refletiu no meu!

Super bjs e até o prox post!
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